Falar sobre a ansiedade é falar sobre um fator inerente a todos nós, trata-se de um sentimento humano. Sua divergência se dará diante da vivência de cada um sobre essa força. A ansiedade se alimenta de fantasias pessimistas futuras, ou seja, vive-se em um tempo diferente do AGORA, uma ruptura com o presente.
Tendemos a “vilanizar” tudo aquilo que promova angustia e mal-estar, lutamos para ofuscar nossos desconfortos, almejando sua extinção com brevidade; “Se é ruim preciso findar, controlar!”. Segundo a OMS, o Brasil é um dos líderes no consumo de ansiolíticos. Ressalto que a questão não é a medicação, mas sim, a forma como usamos.
“ Tá Geiza, entendi, o que eu faço? ”
Então, não há um passo a passo ou poção mágica! Penso sobre a importância de nos conectarmos de uma forma autêntica com nossos “demônios” e conosco.
A diferenciação para que uma ansiedade possa ser vivida como saudável (SIM, É POSSÍVEL) ou patológica, se dá diante da qualidade do contato que a pessoa tem consigo e com o fenômeno potencialmente gerador, discorre Ênio Brito em seu livro (magnifico, diga-se de passagem), Dialogar com a Ansiedade, uma vereda para o cuidado.
Presentificar-se, buscar o autoconhecimento como caminho para o enriquecimento do contato consigo e com o campo. A necessidade de voltar-se para si, ou ainda retornar para si, como diria o Ênio, de dialogar com esses sentimentos, permitir que eles se tornem conscientes e não apenas reprimi-los ou tentar controla-los.
A Psicoterapia é o melhor caminho para o autoconhecimento e a ampliação dos nossos mecanismos de autoregulação organismica. A pratica diaria de meditação (Mindfulness), a pratica de atividade fisica(endorfina é vida!), ter um tempo de qualidade para si …. Estes, podem auxiliar a construção de um ambiente propício a seu desenvolvimento e aceitação.
“O que negas te subordina. O que aceitas te transforma”. Jung
Aceite-se!